Mudanças com a volta do IOF: o que você precisa saber?
Zerado desde abril, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) voltará a ser cobrado nas operações de crédito do Brasil. Confira os impactos dessa volta do IOF!
A partir de hoje, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) voltará a ser cobrado em todas as operações de crédito. O imposto estava suspenso desde abril de 2020 como uma medida para estimular a economia durante a pandemia, e ficaria zerado até dia 31 de dezembro.
A mudança acontece para compensar a medida provisória (MP) sancionada pelo Governo que isenta consumidores dos municípios do Amapá do pagamento da conta de luz dos últimos 30 dias. O estado foi atingido por diversos apagões ao longo de novembro, que impactaram mais de 765 mil pessoas.
A Secretaria Geral da Presidência estima que a volta do IOF garantirá crédito extraordinário suficiente para que a União repasse até R$ 80 milhões à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Entendendo o IOF O IOF é um imposto pago por pessoas físicas e jurídicas (empresas) que efetuam operações de crédito, como empréstimos, câmbio, seguro ou operações relativas a títulos ou valores mobiliários. A porcentagem do imposto sobre o valor depende do tipo de operação. |
Volta do IOF: o que acontece agora?
Ana Baraldi, economista e Head de Inovação da Provi, explica a importância da isenção do imposto durante esses meses:
“A isenção do IOF nas operações de financiamento foi importante no contexto que estamos de pandemia, pois deixou o crédito um pouco mais barato. Na prática, a volta do imposto será sentida por quem solicitar algum produto de crédito a partir de hoje: quanto mais longo for o pagamento, maior é a alíquota que fica dividida nas parcelas pagas ao longo dos meses”.
Na prática, quem contratou algum tipo de empréstimo entre abril e 26 de novembro, continuará com a alíquota zerada até a parcela final. Ou seja, nada muda.
Agora, quem contratar ou fizer qualquer operação de crédito a partir do dia 27 de novembro, já contará a incidência do imposto, que pode chegar em até 3,38%. Confira uma simulação dos valores:

Ana também alerta: “É importante prestar atenção nessa alíquota, pois muitas vezes nas simulações, ela fica escondida e aparece só na hora do contrato, o que causa um susto pela diferença de valores”.
Quer receber mais conteúdo sobre finanças, educação, carreira empreendedorismo e muito mais? Assine a Newsletter da Provi!